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Dislexia e Matemática

Dislexia e Matemática


Como lidar com a lentidão em cálculos, dificuldades em notação, falhas em leitura e/ou compreensão de questões matemáticas?

A disciplina de matemática possui uma linguagem própria. Os termos matemáticos devem ser entendidos para efetuar cálculos.

Muitos disléxicos têm problemas com a matemática. Alguns têm dificuldade em representar os conceitos matemáticos no papel, isto é, sabem que processo ou operação usar, mas não conseguem fazê-lo com precisão. Outros não compreendem os conceitos matemáticos, portanto não sabem por que os números e outros símbolos são usados.

Algumas dificuldades:

  1. Lentidão relativa em cálculos simples;
  2. Dificuldade para adquirir rapidez e fluência na tabuada;
  3. Dificuldade para memorizar regras aritméticas e fórmulas matemáticas;
  4. Dificuldade em contar para frente; em contar para trás de dois em dois ou de três em três desde 30, ou falar qual número está 5 lugares antes de 11, por exemplo;
  5. Falta de compreensão do sistema numérico; frequentemente necessita começar de 0 ou 1, em qualquer tarefa de contar ou calcular; por exemplo, o disléxico não pode responder a 7 + 8 sem primeiro contar até 7 e então adicionar 8, em vez de começar de 7 e continuar contando;
  6. Falta de compreensão do valor da posição no sistema numérico; falta de flexibilidade para usar seu conhecimento de outra forma quando se muda a colocação dos números ou se é necessário usar conhecimento dos números;
  7. Baixa memória de curto prazo e falta de compreensão do sistema de valor da posição atrapalha o transporte de números em cálculos, isto é, esquece de reagrupar; de qual número escrever embaixo e qual carregar; há preferência por somar em partes para assim evitar saturar a memória com transporte de números;
  8. Dificuldade de direção; coloca números em uma ordem errada, isto é 51 por 15 ou 3 x 7 = 12; copia os números incorretamente em condições de tempo limitado;
  9. Na operação de subtração, há dificuldade na direção e/ou direção errada do princípio de subtração; exemplo: 421 – 385 = 164; ou necessidade de contar para cima ou para baixo com os dedos ou quebrar a operação em estágios ou ajustar números; exemplo: 17 – 9 = ?; se 18 – 10 = 8, 17 – 9 = 8.
  10. Os processos de multiplicação e divisão são mais lentos e menos precisos devido à falta de conhecimento da tabuada e/ou pelo esquecimento de transportar números;
  11. Falha em reconhecer indícios usuais em simples problemas com palavras, por exemplo: "João apanhou 4 a mais" implica somar;
  12. Dificuldade com a forma de anotar; dificuldade para tratar com proporção e razão, diagramas, símbolos algébricos e geométricos por causa da inabilidade para interpretar a notação convencional; é preciso a compreensão dos sons e dos símbolos; por exemplo, numa razão o uso de “dois pontos” não dá indício de que significa: "está para".

Algumas sugestões:

  1. Garanta o entendimento da linguagem matemática;
  2. Aumente o tamanho da grafia e coloque poucos problemas numa mesma página;
  3. Estabeleça um código de cor para os problemas; exemplo: verde para o início e vermelho para o final;
  4. Realce sinais de operações, o ponto de números decimais;
  5. A dificuldade com a direção numérica ou direção errada do princípio de operação pode ser minorada permitindo que confira se copiou os números ou operação na seqüência correta;
  6. O uso de papel quadriculado para resolver cálculos ajuda a organizar a seqüência numérica e da operação;
  7. Pegue uma ficha e recorte uma janela para direcionar a visão para o problema a ser resolvido;
  8. Encoraje a verbalizar os passos para a resolução de problemas;
  9. Incentive a checar sua resposta com a questão;
  10. Ensine o uso de atalhos para resolver cálculos; por exemplo, se o aluno não sabe quanto é 9 x 7, mas sabe que 10 x 7 = 70, pode deduzir que 9 x 7 = 70 – 7, logo 63;
  11. O esquecimento das regras para cálculos simples, com frações, números decimais, fórmulas algébricas e geométricas pode ser diminuído com aprendizagem multissensorial; o reforço visual, auditivo ou motor facilita a transferência da informação para a memória de longo prazo;
  12. Ensine a calcular aproximadamente; se o aluno pode calcular aproximadamente, não há razão para não permitir o uso de uma calculadora ou tabela de cálculo.