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Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID)

Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (TID)


O que o Autismo tem haver com o TID?

Você sabia que o TID inclui o Transtorno Autista, o Transtorno de Rett, o Transtorno Desintegrativo da Infância, o Transtorno de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento sem outra especificação?

Não é tão simples diagnosticar alguém com autismo. Existem uma série de características absolutamente peculiares aos transtornos que fazer parte do Espectro do Autismo e por sua vez, dos Transtornos Invasivos do Desenvolvimento.

Cito, portanto, abaixo, as principais características:

1) audição seletiva: falta de respostas de orientação a certos sons; somente não escuta a voz humana, respondendo, entretanto a outros ruídos;

2) atenção compartilhada: o fato de compartilhar o foco de interesse com uma outra pessoa envolve uma representação do outro como dotado de interesse em relação a um objeto/evento, significando que a criança representa alguém como capaz de ter experiências internas e nesse caso específico ser interessado em algo;

3) imitação compartilhada ou sincrônica: os problemas na imitação impedem o estabelecimento da sincronia emocional que está por trás do déficit de relacionamento no autismo; propicia o aumento da atenção para a interação social, a facilitação da alternância de turno, o desenvolvimento do sentido de eu e a modelagem da expressão e consciência emocional; a imitação sincrônica é um modo de convidar o outro a interagir, através da mensagem “eu estou interessado em você”; a imitação subsequente usada pelo modelo inicial para responder à mensagem original significa: “eu também estou interessado em você”;

4) fala: não fala, em vez disto, puxa, empurra ou conduz o parceiro de comunicação para expressar o seu desejo; também há ausência de compreensão da fala; retardo no desenvolvimento da fala; regressão da capacidade da fala adquirida até o emudecimento (perda da fala); o uso de expressão com uma ou duas palavras, em vez de elaborar frases;

5) gramática: uso preponderante de substantivos e verbos; dificuldades no uso de pronomes, preposições e conjunções; incapaz de usar linguagem estruturada; dificuldade no uso de preposições, advérbios como: em cima, embaixo, em frente, dentro, fora, etc; elaboração de frases gramaticalmente incorreta; obs.: 4-5 anos (pré-operacional; enganos gramaticais;

6) déficit semântico-conceitual: incapaz de usar estratégias de compreensão que se baseiam em pistas tanto semânticas quanto sintáticas;

7) ecolalia: repetição textual de perguntas e expressões do parceiro (ecolalia imediata) e ou repetição constante de perguntas, proibições e expressões do parceiro (ecolalia posterior); reprodução rígida da fala do outro, como por exemplo, a não reversão do pronome pessoal ou a manutenção das características prosódicas originais (tom e entonação); obs.: Indica um caráter de "fixação", "permanência" ou "imobilidade" que dificulta um movimento de "circulação" ou de "deslizamento“; registra a limitação, ou mesmo a ausência da produção de frases espontâneas; não possui a função de comunicar uma mensagem a outra pessoa; uso do terceiro pronome pessoal em vez do primeiro; você substituindo eu;

8) fala espontânea: redução ou nenhuma fala espontânea; emissão da fala muitas vezes não correspondente á situação; redução ou nenhuma fala comunicativa, tendência a monólogos, às vezes com inversão de papeis; obs.: A partir dos 5 anos, aumenta a fala socializada, diminui a fala egocêntrica (monólogo);

9) conteúdo: expressões bizarras (uso de linguagem literária), jogos de palavras, trocas de palavras, criações (neologismo), xinga freqüentemente (utilizando um nível de linguagem mais elevado); preferência por temas negativos: morte, acidente, doença, etc;

10) sistema fonético-fonológico e prosódiatroca de palavras com o mesmo som (significado); linguagem melódica estranha, fala em tom baixo, monótono, rápido, vago ou cantado; dificuldade de articulação no caso de certas combinações de sons ou devido a pouca motricidade de língua e boca; ausência de segmentações (ou cortes) na substância fônica; fala sem separação entre as palavras, o que constitui um dos grandes obstáculos à aquisição da linguagem;

11) compreensão: de modo geral maior compreensão passiva do que ativa da linguagem;  registro verbal de forma parcial de uma situação vivenciada; dificuldade na compreensão de frases complexas e pronomes interrogativos poucos utilizados; redução no significado (sentido) e na compreensão e expressões verbais, principalmente através de verbos e substantivos; dificuldade de compreensão de pronomes, preposições e conjunções; compreensão da linguagem estruturada; dificuldade de compreender informações (significado através de gestos, mímica, acentuações, ironia, etc.) E incapacidade de entender informações abstratas;

12) comunicação não-verbal: redução da fala direcionada às pessoas com o contato visual; pobreza de gesticulação e mímica que não acompanham a fala ativa, poucas alterações na expressão emocional, às vezes inversão de mímica.

Diante de tantas características complexas, nem sempre compreensíveis, importante registrar que cabe apenas a profissionais da saúde avaliar e determinar, como hipótese diagnóstica, em qual transtorno o indivíduo se encaixa.